O discurso actual do futuro do trabalho refere-se à transformação das economias de hoje através da revolução digital. Muitas das análises bastante capitalistas e eurocêntricas promovem a ideia de rectificações rápidas e orientadas pela tecnologia para problemas complexos. Contudo, essas propostas conduzem ao aprofundamento dos modelos económicos extractivistas existentes e às suas consequências negativas para as mulheres e os trabalhadores do que a uma transformação importante em direcção a um desenvolvimento humano justo em termos sociais, ambientais e de género. Há décadas que as ecofeministas na América Latina lutam contra o extractivismo. As suas críticas e alternativas localmente vividas expõem um caminho para uma abordagem diferente do desenvolvimento humano e para promover um futuro digno de ser vivido e feminista para as trabalhadoras, com base no respeito pelos seres humanos, pela Natureza e pelos meios de subsistência.