O artigo argumenta que, em vez de exigir punições mais severas, a sociedade deveria buscar mudanças estruturais radicais, uma vez que as prisões e a justiça punitiva reforçam normas enraizadas no patriarcado, no racismo, no classismo e na heteronormatividade. Ele relaciona as lutas feministas e abolicionistas, observando que a criminalização atinge desproporcionalmente mulheres, pessoas pobres, comunidades negras, indivíduos queer e outros grupos marginalizados, muitas vezes reproduzindo a violência em vez de preveni-la. Com base na história da caça às bruxas e na perseguição seletiva de mulheres vulneráveis, o artigo desafia a crença de que o direito penal oferece proteção. Por fim, ele apela para formas alternativas de resolução de conflitos, transformação sistêmica e solidariedade coletiva como o único caminho para sociedades verdadeiramente justas e inclusivas.